Parque Natural do Caraça - Sta Bárbara-MG.

Destino: Visitar o Parque do Caraça- Santa Bárbara-MG

Croqui de localização e traçado realizado. 

Distancia da Capital: 120 Km
Distancia percorrida ida e volta: 302kms.
Despesas combustível: R$ 30,20
Despesas com alimentação: R$ 5,50 (café da manhã)/ R$ 14,50 (Almoço)/R$ 15,00 (lanche noite).
Visitação ao Parque: R$ 05,00 pp.

Há algum tempo pretendia conhecer o Parque Natural do Caraça, localizado no município de Santa Bárbara-MG. Bastou estar em BH, e um domingo de tempo aberto.
O acesso mais rápido partindo da capital é pela BR-381, sentido Vitória-ES. Para não fazer o mesmo trecho de ida, resolvi seguir em frente, passando rapidamente pelas cidade de Cocais, Santa Bárbara, Catas Altas, Mariana, Ouro Preto, retornando à BH.
Perante à preguiça dominical, saí de BH às 9:30 hrs e estava de volta às 20:00 hrs.
Parei para lanchar no rústico "Café com Flores", com uma interessante maneira de servir o café feito no bule na hora.

0 km/h.

Saindo da BR-381.

Passei rapidamente em Cocais ou Vila Colonial de Cocais, distrito de Barão de Cocais. Cocais é um pacato e bucólico lugarejo da Estrada Real, que presenciou o apogeu do ciclo do ouro e a instalação de famílias Britânicas. Lugar excelente para descançar, curtir cachoeiras (entre outras, possui a famosa cachoeira da Pedra Pintada), trekking, bike, sítios arqueológicos.

Igrejas seculares.

Praça em frente ao agradável Restaurante e Pousada Vila Cocais.

Igreja ao lado da praça. Nos fundos da própria igreja há um cemitério, com inúmeras lápides.

Devido o tempo programado, não pude conhecer as atrações principais, e fica a dica. Sítio Arqueológico da Pedra Pintada - distante 3,5 km do centro, que traz em seus paredões pinturas rupestres, datadas de 6.000 anos. Em seguida, temos a cachoeira de Cocais ou Pedra Pintada, que possui como acesso cerca de 1,5 km de descida em mata fechada.

Acesso aos pontos turísticos. Cobra-se taxa para visitação.

Portal de Sta. Bárbara, antes da entrada para o Caraça.

Depois segui direto para o Parque do Caraça, que já estava próximo (triste visualizar as placas indicativas todas pichadas). Como estava na hora do almoço, optei por almoçar em Brumal - distrito de Sta. Bárbara e caminho para o Caraça.
Acesso ao Caraça por Brumal.

Recomendo o almoço no Restaurante Dona Nair, um lugar simples e aconchegante, com refeições à la carte e pratos excecutivos. Embora tem-se a opção de almoçar no próprio parque, com preço de R$ 12,00 por pessoa.
Criança saciando a sede na fonte da praça.

Após cerca de 7 kms rodados, cheguei na portaria do parque.
Portão de acesso.

Ao lado deste portão de acesso, possui uma "guarita" para retirada do ticket de entrada, é cobrada R$ 5,00 por pessoa, para taxa de visitação ao parque.
Curva pela estradinha.

A estrada até o parque é totalmente asfaltada, mas, alguns trechos precisam de manutenção, mas, parece não ser uma preocupação.
Visto da estrada. o colégio do Caraça (séc XIX).
O nome oficial do lugar é Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens, e foi apelidado de Caraça, devido à em uma parte da serra, suas formas remetem à um gigante rosto deitado esculpido na serra, veja:

Fundamento do apelido "Caraça".

Por guardar mistérios, a história que cerca o santuário é interessante e instigante, e seus registros iniciais datam da segunda métade do século XVIII, quando a região da serra fora concedida como Sesmaria ao Padre Filipe de Ciqueira Távora. Um suposto personagem religioso (conhecido como irmão Lourenço) instalou uma capela na serra, como objetivo de revigorar sua vida religiosa e fortalecer a religiosidade na capitania com a criação de um eremitério ( Eremitas são indivíduos que usualmente por religiosidade, penitência, ou simples amor à natureza, vivem em lugar deserto, isolado, denominados eremitérios).

Boas vindas!

Algum tempo depois, o lugar já se tornara uma comunidade religiosa com vários eremitas, e objetivo de peregrinação. Ainda de acordo os livros, irmão Lourenço conseguiu sem apoio do governo Colonial, erguer edificações magníficas, que foram elas um monastério e uma igreja Barroca. Com o falecimento do seu fundador - ainda em vida - a herança foi doada ao Rei Dom João VI, que posteriormente entregou o eremitério e as terras à Padres Lazaristas ( pertencentes à Congregação da Missão, onde seus membros são conhecidos como padres e irmãos vicentinos ou lazaristas porque a primeira casa da Congregação, em Paris, se chamava "Casa de São Lázaro" ). Pouco tempo depois, o templo é transformado em colégio, e se torna referência de ensino para a Elite de todo o Brasil. Caracterizado pela disciplina e seriedade, alunos do colégio, tornaram-se indivíduos influentes no Brasil, assumindo posições de presidentes da República, Governadores, Senadores.

O Colégio chegou a ser visitado pelos Imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, cujas impressões podem ser vistas na biblioteca, e no colégio.

O Colégio foi transformado em Seminário pela Congregação da Missão ainda no Século XX, e foi tombado como Patrimônio Histórico pelo IPHAN em 1955.
Há um local de recepção ao visitantes, com informações, mapas, guias.

Para o Geógafos e Geólogos de plantão.
Dados do quadrilátero ferrífero.


Igreja Nossa Senhora das Graças.

Quando acabava de chegar, inesperadamente reecontrei um velho amigo de infância, de escola, de trilhas de bike e moto, e anos depois, de trabalho, Rafael Cotta ( que chamo carinhosamente de "duente") e sua digníssima e gente finíssima, Isabela ou somente Bel.

Amigos.

O jardim em frente à igreja, proporciona uma vista indefectível.
Calvário Via Sacra

Do alto do Calvário, simbolismo da árdua e dolorosa caminhada de Cristo.

Sobre a construção da igreja.

Na Igreja, acontecem missas nos Domingos às 11:00 hrs e Segunda a Sábado às 20:00 hrs.

Altar.

É permitido fotografar, apenas sem Flash, para não danificar a pintura


Museu e biblioteca ( na parte superior) que foram restaurados de um incendio, mas, que ainda mantém as marcas da destruição.

Segundo informações, 1968 o Colégio do Caraça é surpreendido pelas chamas, Por causa das perdas, o Santuário deu fim às suas atividades educaionais.

De acordo com relatos escritos, no dia 28 de maio de 1968 às 3h da madrugada, um aluno, que dormia na enfermaria, sentiu o cheiro de fumaça e, mais que depressa, foi avisar o Padre disciplinário, que dormia no prédio do Colégio. Constatado o incêndio, provocado por um fogareiro elétrico deixado aceso na sala de encadernação, o Padre acordou os 90 alunos e fez que todos descessem.

Os meninos ainda tiveram tempo e coragem de descer do terceiro andar, com cordas, uma imagem de Nossa Senhora das Graças, que ficava no dormitório. Muitos ainda se arriscaram, antes que o fogo dominasse tudo, a salvar 15.000 livros da grande biblioteca do Colégio, que tinha cerca de 50.000 livros.

O fogo, iniciado na sala de encadernação, passou logo para o Museu de História Natural, onde havia muito material inflamável, e para outros cômodos do primeiro andar, inclusive salas de aula. Indo para o segundo andar, o fogo atingiu o salão de estudos e o teatro, onde havia vestuários e cenários usados para as apresentações dos alunos. No terceiro andar, o fogo atingiu os dormitórios.

Exemplar de fogareiro causador da tragédia.
Parte do interior do Museu, que possui inúmeros ítens usados a mais de 2 séculos atrás.
Murais com fotografias de alta resolução impressionam pela curiosidade e exuberância.

Camas em que dormiram Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina.

O Museu conta com centenas de peças e instrumentos usados na época, desde os trajes utilizados, até antigos instrumentos musicais, máquinas fotográficas.

Como estava num período mais frio - apesar do domingo ensolarado - cachoeiras não são uma boa pedida, e deixarei para conhece-las numa próxima oportunidade, pois, existem 2 cachoeiras locais, a Cascatinha ( 2km de caminhada) e Cascatona ( 6km de caminhada).
Portanto, por indicação do Rafael "duente" - que estava no lugar desde o dia anterior - resolvi ir até o mirante, de onde se tem uma vista previlegiada do Santuário.

Desta vez, rumo ao Cruzeiro.

Para quem tem interesse em conhecer as demais atrações do parque, sugiro ir com calçados leves ou de aventura, pois, o acesso às cachoeiras e outros passeios, se faz por caminhadas em terrenos acidentados.


Me dei mal, olha o sapatinho que estava usando.

Vista do Cruzeiro.
Outras informações em: http://www.serradocaraca.tur.br/inicio

Voltando por Sta. Bárbara-MG
Passando por Catas Altas.
Parada em Mariana para comer uma pizza.
Bem, 300 kms bem rodados e aproveitados. Até a próxima!


Conselheiro Lafaiete - São J. Del Rei

Com o objetivo de participar do 2º Encontro de Motociclistas de C. Lafaiete-MG organizado pelo Motoclube Abutres, saí de Belo Horizonte sábado a tarde com tempo nublado e com previsão de chuva para todo o Fim de semana.

Conselheiro Lafaeite é vizinha de BH, distante somente 99 Km (pela BR040) ou 116 Km (pela MG-030 e BR040 - cerca de 40 km de terra).

1º Destino:

Distancia Percorrida: 99 kms.

Despesa com Hospedagem: R$ 65,00 casal( Com estacionamento e café da manhã).
Hotel Queluz - Centro.
Despesa com Alimentação: R$ 20,00 - Durante o encontro de motos.
Despesa Combustível: R$ 9,92

A estrada, em boas condições, até C. Lafaiete é bem movimentada, com alto fluxo de veículos devido ser acesso ao Rio de Janeiro. Utilizando a opção da MG-030 passa-se por Itabirito, uma estrada que proporciona mais curvas durante o passeio e menos veículos na estrada.

Irmãos do Vigaristas MC - que seguiam para o evento.
Durante a estrada não pegamos chuva, mas, ao entrar na cidade, fomos presenteados. E chegamos ensopados no evento.
O evento aconteceu no Parque de exposição. Havia área de camping coberta e várias barracas para alimentação, além de boutiques de acessórios.
Já chegamos ao som do Rock n'' Roll com a banda NAH, com um som muito bom (qualidade de áudio) e repertório clássico variado.
A chuva realmente espantou um pouco o público, que reduzido, aglomerou-se nas tendas fixas e por lá ficou.
Pessoal escondendo da chuva.
Algumas das barracas com alimentação.
Depois de um tempo no evento, fomos procurar hotel. Preço médio dos hotéis de R$ 67,00.
Ficamos hospedados em um hotel simples e bom, entretanto, nosso quarto (único disponível) tinha janela de fundos voltada para um Rio que carreava dejetos e esgoto a céu aberto - então, imaginem o odor disso aí. Durmimos com ventilador ligado a noite inteira.

No domingo, depois de um bom café da manhã, saímos novamente em direção ao evento para encontrarmos amigos do Motogrupo HIGHLANDERS de BH que estavam vindo.

O companheiro Sérgio dos Highlanders BH (Foto: Samantha Mourão)

Depois de rever os amigos ( que ficaram para curtir a cidade) decidimos esticar até São João Del Rei distante 100 Km de C. Lafaiete.



2º Destino:


Distancia percorrida de ida: 100kms
Despesa combustível: R$ 11.33
Distancia percorrida de volta: 189 kms.
Despesa combustível: R$ 19,50

Despesa Hospedagem: R$ 0,00
Despesa Almoço: R$ 0,00
Outros: R$ 08,00

Pilotar até São João Del Rei é muito gostoso, a BR 383 está em ótimas condições, e apesar de exigir atenção redobrada pelas incontáveis curvas e parte da estrada sem acostamento, é uma típica estrada para relaxar e ir sem pressa.
Também recomendo  !

No trajeto de ida, observamos um forte vento frontal, causando determinado desconforto sobre a motocicleta, ampliando o atrito com o ar e aumentando o consumo de combustível que ficou na média de 25,5 km/l.
Placas que adoro ver !

Tenho São João também como um ponto de apoio, pois, minha irmã reside lá atualmente. Chegamos na cidade por volta das 13:00 hrs e ela preparou um almoço para nós.

Parte do centro da cidade, pouco movimentado pelo descanço dominical da população.

A cidade possui inúmeras igrejas muito belas.
Ruelas do centro histórico - Detalhe para o nome da rua.

Depois, passeamos pela cidade e com objetivo de para nos informar dos horários do Passeio por Maria Fumaça que percorre um trecho de 12 Km entre São João D. Rei e Tiradentes, visitamos a estação ferroviária construída no final do século XIX, e que preserva características da arquitetura Britânica, nela se encontra o Museu Ferroviário, que traz em seu interior documentos, equipamentos e veículos ferroviários, proporcionando um volta ao passado.

Praça da Estação.
Lateral da estação ferroviária. Detalhe para os pontos de ônibus.

Como o último horário de partida no domingo era às 13:00 hrs, ficará para a próxima, em breve.

O atrativo é bastante recomendado e as tarifas são:
Ida: R$ 22,00 pp
Ida e volta: R$ 35,00 pp

O percursso de 12 kms sobre os trilhos abrange uma diversidade ecologica grandiosa, e a sensação de transição entre o cerrado e a mata atlântica é exuberante, caminho este inaugurado por D. Pedro II em 1881.

No retorno à BH, voltamos já escurecendo e fizemos praticamente todo o trajeto à noite - o quê não foi problema devido ao bom farol da motocicleta.

Retornando à BH.


Os ventos não foram tão intensos como na ida e o consumo da moto subiu para 28,30 Km/l, muito bom!

Apesar do tempo ameaçar, não enfrentamos chuva na passagem pela cidade.

Veja outras informações no passeio "solo" por São João Del Rei em 02/2011.